quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Barragem do Jenipapo



A Barragem do Jenipapo, construída no leito do rio Piauí, na cidade de São João do Piauí, é uma gigante obra com uma parede de 440 metros de comprimento, 38,5 metros de largura, sangradouro com 100 metros de largura e 12 metros de altura, formando um açude com 22 km de extensão e com uma capacidade de 248 milhões de metros cúbicos de água. Essa barragem foi construída pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), com o objetivo de melhorar a escassez de água em nossa região.




O Balneário Jenipapo, construído às margens de um lago formado por essa barragem, localiza-se a aproximadamente 16 km da cidade, representando uma importante atração turística. Há, no local, uma abundância de água propícia a esportes aquáticos, e para a pratica da piscicultura em tanque redes, além de brinquedos infantis e 4 bares para entretenimento da população.

Porém, essa obra apresenta algumas desvantagens, como, por exemplo, a dizimação da fauna e da flora, a erosão do solo e o desalojamento de muitas famílias. Além disso, observa-se uma baixa do nível do leito do rio Piauí, dificultando a vida dos ribeirinhos.

 


Gado pé-duro: uma raça genuinamente piauiense



O típico gado piauiense, mais conhecido como pé-duro, receberá o certificado de reconhecimento da raça pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O acontecimento será formalizado no próximo dia 20 de março, na Delegacia do Mapa no Piauí.


O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Bovinos Curraleiro Pé-Duro (ABCPD), Guilherme Melo, compareceu à sede da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Rural (SDR), para formalizar o convite ao secretário Rubem Martins para participar da solenidade.


O decreto do ministro Mendes Ribeiro Filho, será um marco na história do Estado, que terá de fato o gado pé-duro como uma raça genuinamente piauiense.



A origem do bovino da raça pé-duro.

Quando os colonizadores Ibéricos chegaram a terras americanas, depararam com uma fauna e flora diversa da existente na Europa e outras colônias da África e da Ásia. Juntamente com as famílias de colonizadores, vieram diversas espécies de animais domésticos com a finalidade de auxiliar o homem na sua árdua tarefa de desbravar e assegurar o domínio sobre o "Novo Mundo" que então se descortinava. Dentro dessa premissa, destacaram-se os bovinos, que forneceram couro, leite, carne e trabalho aos nossos antepassados, colaborando sobremaneira para a exploração e desenvolvimento das novas colônias.

O Pé-Duro é o primeiro animal a ser reconhecido como patrimônio cultural.



Essa “novidade” também pegou de surpresa o Conselho Estadual de Cultura, instância que delibera se algo será ou não reconhecido como patrimônio cultural do Piauí.

- Foi um impasse. O Conselho ficou dividido meio a meio. Mas também é uma coisa muito nova, não estava no cotidiano dos registros de patrimônio. Mas agora virou da dúvida para a certeza. Todo mundo está querendo - relata Mendes.

Fruto do cruzamento de várias raças no começo da colonização brasileira, o Pé-Duro é considerado uma das raças mais antigas do país. Foi a raça que melhor se adaptou ao ambiente hostil e tórrido da caatinga, onde via de regra, as pastagens de baixa qualidade, imperam a seca e o calor.

Dócil, acompanhou colonos e posseiros durante toda a formação do que posteriormente viria a ser o Estado do Piauí, inclusive durante o ciclo do gado, quando o Estado era o maior produtor nacional de carne.

Porém, como a maioria das raças bovinas brasileiras naturalizadas, passou a ser substituída por outras matrizes genéticas, que prometiam maior rentabilidade.


Hoje, o gado Pé-Duro sobrevive no Estado basicamente pelo esforço do núcleo de preservação da Fazenda Experimental Octávio Domingues, pertencente à Embrapa, na região de São João do Piauí, e da Associação Brasileira de Criadores de Gado Pé-Duro, que reúne 32 membros com um rebanho de mais de mil cabeças.


Em processo de extinção, o gado Pé-Duro deixa gradativamente de ser uma referência cultural no Piauí. “Nas obras de vários artistas aqui do Estado não tem o gado Pé-Duro, e sim o Boi Zebu. Mas era o gado Pé-Duro que acompanhava o tempo todo o nossos vaqueiros”, conta Patrícia Mendes.


O registro como patrimônio cultural do Estado vai fazer não apenas criar mecanismos de proteção para o animal, como também estimular pesquisa na área e gerar incentivos fiscais para os criadores.


- É a nossa identidade cultural. A nossa população tem que se ver um pouquinho, se apropriar daquilo que é seu. E isso ainda está faltando aqui. Afinal, cultura é isso: é tudo que a gente produz ao longo do tempo. De geração para geração. O vaqueiro, a vida do produtor, as casas de fazenda, toda a relação das pessoas com o animal [Pé-Duro]. Tudo isso faz parte da nossa cultura - ensina a coordenadora de Registro e Conservação do Piauí.


(fotos: Patrícia Mendes/ Coordenação de Registro e Conservação/ FUNDAC)
 

 

O FESTIVAL DA UVA EM SÃO JOAO DO PIAUÍ




Idealizado pela então primeira-dama Rejane Dias, o Festival da Uva foi criado pelo Governo do Estado para destacar o potencial do município de São João do Piauí para a fruticultura irrigada, em especial para o cultivo da uva, a partir de projeto piloto implantado pela Codevasf no assentamento Marrecas, onde aproximadamente 4 hectares da fruta é cultivado.









 Ao contrário dos festejos juninos, já tradicional, a primeira edição do Festival da Uva foi realizada em janeiro de 2009. Já a segunda, em dezembro do mesmo ano. A terceira edição do festival somente ocorreu mais de 2 anos depois: em janeiro de 2012. Quando for realizada a 4ª edição do evento, em novembro deste ano, terão decorrido quase 2 anos desde a realização do último festival.









Além disso, o festival ainda não alcançou o principal objetivo a que se propôs ao ser concebido: a atração de investimentos para a cidade, com a participação da iniciativa privada na fruticultura local. 







Com o início da implantação do Projeto de Irrigação Marrecas-Jenipapo, onde serão investidos mais de R$ 45 milhões pela Codevasf, o 4° Festival da Uva será uma nova oportunidade para atrair investidores para o município, podendo gerar emprego e renda que se estendam além de três dias de festa.